Nas tuas mãos

Nas suas mãos sou ausência
Sou como o vento passando pela porta
Você sente, ele acaricia sua pele
mas ele segue seu caminho sempre
é imprendível
Nas suas mãos me sinto uma piada
sinto-me ridícula, burra, enganada por mim mesma.
Na tua mão vejo céu
Na tua outra não vejo pois não olho
Porque somos duais, maniqueistas, inconsistentes.
Nas tuas mãos...
não estou nelas...
passeio por entre teus dedos
me aprisiono por brincadeira mas lembro-me bem que sou como o vento
imprendível
E tu sabes e eu sei
que nas tuas mãos eu sou ausência, piada, céu e inferno
Asas molhadas tentando voar.

Comentários

Sagatibando disse…
Incessante alma poética em? Do dia-a-dia faz menos rotina e mais cotidiano, contigente e imprevisível, bela capacidade de transpor o ser!

Ótima semana e renovada rústica inspiração bela Matuta Moderna!
Por: (VIEIRA,E.C.J.)ou simples "sagatibando" :)
Sagatibando disse…
Rsrs!...Sim, eu mesmo!
Tenho gostado muito das tuas! Realmente foi uma ótima referência que recebi! Meu amigo-compadre é estudante do Programa de Pós daí.
...energias Natal-Aracaju se estabelecendo! :)

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