Boêmios Aleijados

Raro e feliz o momento no qual alguém se dispõe a ouvir-me recitar minhas crônicas poéticas e poesias musicais.
Estivemos como boêmios aleijados, recitando até a madrugada sem sequer uma gota de vinho.
Nos aplaudimos, nos emocionamos, nos encabulamos e expomos na mesma sórdida medida!
Gostaria eu de ser poetisa! Como Zila e Clarice, mas gostaria mais de ser Ester, Ester dos Campos, campos de flores tão avulsas quanto as palavras que agora declamamos, e gostaria que, no mesmo fervor que escrevo, os amantes do registro dos sentimentos sentassem-se tal qual criança diante dos fantoches para ouvir histórias, como se o mundo tivesse morrido e renascido momentaneamente em minhas eternas palavras narradas.
Por favor, leia-me a mim.

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