Carta de amor vinticincodimarçodidoismilivinticinto
Upile me disse para não arriscar minha sanidade por amores que não querem ficar, para não rastejar de joelhos implorando que um amor ruim fique, me disse para não responder quando me chamarem de fagulha, pois eu sou fogo. Upile falou ao meu coração e tornou mais fácil o caminho de volta. Eu respeito que alguém não me deseje e me ame e me queira, ou que opte por não me dizer que me ama, me quer ou me deseja para não se comprometer, não deixar rastros e estar passível de contrapartidas. Eu entendo que alguém não tenha ferramentas emocionais para lidar com mulheres que amam muito, forte e viceralmente. Que não queiram um amor, que prefiram talvez vários corpos entre afetos diversos, amores e aventuras.
Alguém que diz "por favor só venha quando o acaso te trouxer, pois eu não quero ter essa responsabilidade" está dizendo não, não, não, não.
Alguém que diz "eu não posso ir até você, preciso estar comigo e com os meus, tenho prioridades" está dizendo não, não, não, não.
Alguém que diz "se quiser vir, venha, eu tento conjugar as minhas coisas com sua presença. Te contempla?" está um pouco cego, um pouco surdo, um pouco cheio de tantas coisas onde eu seria parte das sobras. E novamente não, não, não, não.
Upile é grandiosa, ela está tentando ser maior que o seu medo dos fins. Não, não, não, não, não é o prenúncio do fim, é uma porta que nunca deveria ter sido aberta.
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