O fim do mundo desses dias de Cão

Quando não posso falar nem conter, então choro.
Agora, receptáculo de desilusões, me sinto preenchida pelos meus niilismos.
Choque de percepções, visões de mundo e ideologias. Desprezo pelas posturas pouco altruístas e indeferentes que esmagam nossas pequenas dificuldades e fazem o que é simples de se resolver pesar muitas toneladas.
O desastre que o medo causa em nós é aterrorizante, desorganizante e paralisante. Todos misturados, o medo do fracasso, da solidão, do apego, da ausência, da necessidade de escolha constante, das repressões. Chora-se palavras muito facilmente nessas ocasiões. E lágrimas também. E isso é tomado também muito facilmente como ridículo por ser pouco racional, pouco controlado, pouco inteligente. Como sempre criticar é o mais fácil, aparecem figuras de proximidade e convívio com quem construímos ligações fortes e importantes que, justamente por esses mesmos elementos, esquecem a necessidade de ler-nos, a cada um, novamente todos os dias, despejando imensos questionamentos sobre nossas naturalizações, problemas e ansiedades o que, muitas vezes os torna bem maiores.
Ombro? Colo? [Partes do corpo que simbolizam as possibilidades de suporte de um ser sem forças.] Acho que não... Sou então arregante de tantos desafios e gorejando por um sumiço instantâneo e eterno.

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