Reencontro minha melhor embriaguez e as alu-cenógenas-cinadas sensações desse campo de guerra, território meu alheiamente habitado. Sinto-me confortável sobre teu corpo assim como é o deitar crepuscular na grama fim de tarde. Sinto gotas leves de orvalho caindo de detalhadas pétalas, teu queixo banhando-me de suor. Minha memória se confunde me narrando cada detalhe dos meus delírios... derramados abundantemente sobre teus lábios. Reconheço teu prazer, teu envolvimento absurdo e o total e coletivo desconhecimento sobre a existência do tempo. Um grande mosaico de sensações se projeta entre nós com a força e a delicadeza certos a cada toque, em cada coisa daquelas entendidas ao olhar. Fujo de nós previsíveis tentando achar qualquer novo toque que surpreenda, complete e exploda tudo em você. Me falta poesia pra dar encantamento àquilo que é, por si só, encantado porque nesse lugar onde me perco, encontro muito mais do que posso imaginar. Encontro muito mais do que a falta de fim pode supor porque no finito delírio moram infinitos desejos.



"Aonde eu sou chama, seja você brasa. Aonde eu chuva, seja você água." (Kukukaia/Cantoria)

Comentários

Postagens mais visitadas