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A contrapartida para a distância é ter saudade. Permitir querer ter cuidado e zelo. Querer ao menos e ter em algum medida, real ou imaginária. A saudade é então, o amor que fica.
Porque desde a primeira vez que se deram foram um do outro. Seus corpos conversavam assuntos de sabor íntimo. Eram um no outro pente fino. E por isso riam e falavam como velhos amigos. E se olhavam como velhos amantes. Foram sempre um para o outro o segredo latente e o desejo lancinante.
E tendo tudo isso ficado resta a eles então saudade. Amor que fica em sabor alheiado ao cheiro, tato alheiado ao olhar.

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