Qualquer vazio, vácuo ou ausência desimportante

Os seres do querer são todos ausentes, são um campo inexistente de possibilidades e apenas é necessário um segundo olhar nem tão atento para dar-me conta de quão pueril são todos eles, os que quis e os que apenas cheirei.
Minhas flores tortas nem cotidiano são. Busco outras questões que tornem os dias interessantes pois a maquiagem dos homens é sempre dura demais, emadeirada, terrosa, dourada que seja, mas sem requintes em cílios, beiços e laços. Um jardim de pétalas soltas voa e revira sem me tocar... lindo que seja assim, a esquiva me apetece embora não seja necessária.
Sofrer? desconheço. Brinco e brindo no hall do parque vazio, cidade cheia de ninguéns.
Holismo inexistente às vezes tenta se botar em meu retrato, mas se eu sou o caos nem retrato me comporta. Sobram farpas, raspas e pontas de minha maciez. Carne doce e lasciva que se desfaz com o vento, com o cotidiano virando vácuo poético sob nossos pés.

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