Tempos perdidos

Não poetiso como outrora.
Não te espero como outrora, mas te quero ainda.
Meu lado menos fascinante é o descompasso do amor, sempre encontrado em um caminho desencontrado, com seres desacertados.
Tenho vontade de ir a lugar nenhum e chegar de repente aí, nos teus braços, nos teus lábios e pesar sobre teu corpo com minha carne pouca e quente.
Não sei se o que tens é orgulho, medo ou falta de amor. Provável.
Sei que em um segundo reencontrei o que antes quis te oferecer, mas que não pode ainda ser seu. Não creio que seja possível ser feliz sentando-se à mesa com os braços cruzados, ou sentir o vento com os cabelos presos. Não acho que funcione poetisar a corações fechados, mas, mesmo assim, algo fazia sentido quando você me beijava porque as coisas iam sumindo uma a uma do redor.
E mesmo a contra senso, vivo em um universo paralelo. Aqui posso tudo, até ser ridícula a ponto de amar.

Mamba Negra

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