À Prova de Sonido

Sua falsa resposta autoacusatória dizia que ela era a mais incompleta, mais distante e mais difícil de chegar, aonde quer que fosse. Dormia com um atravessamento de possibilidades, de silêncio, de ortivez auto-penitente. O silêncio era um pau atravessado na sua garganta. Sua pele picava buscando algo ou alguém a quem falar.
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Mas as Coisas ali viviam todas pra dentro de si mesmas e tratavam, na sua condição imperiosa de Coisa, de fazê-la sentir-se assim também. As Coisas, imperiosamente, não têm que se auto-explicar. Elas são como ninjas, representam perigos mas não se deixam notar. Oferecem um grande vazio de sonido com algo de apreensão por atrás.
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