Meu amor e meu Banzo

Hoje preciso falar das possibilidades. Preciso falar de todas elas, mas sei que isso não é possível... nem eu mesma conheço todas elas...
Mais do que possibilidades, falo a partir de um lugar e de uma situação que proporcionam esse sentimento novo e adorável.
O lugar? Rio de Janeiro.
A situação? Estar nesse rio e ser levada por uma corrente de águas fortes e frias com um sol escaldante que se esconde repentinamente e reaparece quando menos se espera. Um barulho e uma poeira cinza incessantes, motores, batidões, vizinhos funkeiros, o xirê da sexta feira, os tiros e as cirenes, os fogos de artifício 'sem razão aparente'... águas fortes e quentes que lhe levam a esbarrar em pessoas sempre muito especiais... falo de quem foi jogado como uma onda na minha frente desde que entrei nesse mar caudaloso que é essa cidade!
... cariocas? já os amo certamente... cariocas finos, caralho! Mas também, e principalmente, todos os outros que primeiro se chegaram e que me fazem muito bem. Meus latinos de coração, a enorme Argentina, o tão acolhedor Chile e um Equador muito engraçado. uma Paraíba que não é tão masculina assim. O Porto que espero que fique Velho ao meu lado, mesmo com a muita distância que ainda haverá. Uma Minas preciosa. As baianas da Gomes Freyre. As natalenses cariosas! Como deixá-las de lado?! E os para sempre amados sulistas, lindos abraços gaúchos tão delicados e acolhedores. Grandes Palmeiras alagoanas cariocas, enormes cariocas museológicos de todas as partes e lados, os do mundo, sem lugar, terão também lugar nesse espaço tão grande como deve ser um coração no Rio de Janeiro. A Angra poeta que conheci, nos arcos o Pernambuco, o Maranhão. E num canto bem especial levo comigo um pedaço ubajarense do mundo [sim, porque Ubajara não está no google mas é internacional!]. Isso tudo sempre regado à amores de Umarizal.